Velho Rock'n Roll

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>Psicodália 2011 – Segundo dia

Posted by dexxcwb em 15 de março de 2011

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Fui dormir na sexta feira com uma certeza: Tinha muita coisa para escrever.
O amanhecer de sábado me pegou com a garganta fechada e muito irritada. Sabia que seria mais um dia complicado, porém os shows prometiam: eu estava ansioso para ver o Traditional Jazz Band.
Como é meu costume, acordei cedo, sai da barraca e fui para a fila do banho.
Filas…
Elas merecem um capítulo à parte neste festival. Houveram muitas filas. Filas para comprar, filas para comer, filas para beber, filas para fazer filas. Há que se ter uma certa adaptação à nova realidade do festival: ele cresceu…
Não tenho acesso aos números. Ainda não saiu o release pós festival, então não sei dizer exatamente quantas pessoas trabalharam, quantas entraram no festival, nem quantas refeições foram servidas. Mas é visível a olho nu a expansão do Psicodália. As filas foram uma consequência. Porém isso de maneira alguma tirou o brilho de todo o festival. Para alguns era apenas a oportunidade de conversar.
Aqui novamente a memória falha, e não consigo me lembrar o que mais eu fiz nesta manhã. Já havia feito a amizade com o Maurício Porão, e creio que foi por ele que fiz mais amizades marcantes, sendo que ocorreu aqui a maior coincidência do festival.
Não lembro como começamos a conversar, mas era uma turma grande: basicamente todos do norte do Paraná, porém alguns morando em São Paulo. Em um determinado momento da conversa um deles percebe a camiseta que eu estava usando, da primeira edição do nosso Festival Virtual (fevereiro/2010). Este era o Luiz, vulgo Le. Ele viu a camiseta do Lágrima Psicodélica e perguntou qual minha relação com o blog (“Cara, você é do Lágrima Psicodélica?”). Nisso, outro que estava dentro da barraca grita de lá “Ow, já baixei coisas de lá. Teve um maluco que colocou uns sons de bandas do Psicodália”. Quando comentei que o maluco era eu, ele se identificou como um anônimo que postou pedindo ajuda, pois não conseguia abrir o arquivo. Eu estava naquele momento conhecendo um anônimo da internet: Era o Raoni, vulgo Capitão Cachaça e seu alter ego Capitão Ressaca, o ser da Luz Divina (“Meio esquizofrênico, não???”). O fato de eu conhecer um anônimo da internet foi, para dizer no mínimo, interessante. Me fez perceber que o trampo que fazemos aqui no blog repercute de algum jeito, e é percebido por pessoas do outro lado do computador.
Junto com Raoni e Luiz, estavam o seu irmão João, a Flávia (“já falei que é o mesmo nome da minha filha?”), Carol (na falta de uma, tinham duas), Thiago, Guga, Fozzy, Japa, Bruno. Galera do norte do Paraná e São Paulo, que foram os companheiros pelo restante do festival. Povo que dividiu tudo: amizades, bom humor, camaradagem.

Também neste dia conversei com um carioca. Conversas amenas, sem maiores detalhes. Quando falávamos sobre o festival (estrutura / bandas / organização) ele se identifica como o criador/organizador do Aldeia Rock. Jailton. Como todo carioca, um cara bom de papo. Conversamos muito sobre músicas e festivais, afinal nos shows eu sempre estava lá na frente fotografando, e ele assistindo.
Ganhei um ingresso para assistir ao Aldeia Rock deste ano. Número 0007. A vontade de embarcar numa viagem doida ao Rio de Janeiro é grande.
O Jailton veio, conversou com os organizadores do Psicodália. Quem sabe o que não pode sair dali? Vida longa aos festivais e ao rock’n roll…


Shows Sábado à tarde

No palco do Sol, a primeira banda a se apresentar foi o Smokers. Gostei do som, mas não me recordo muito mais porque aqui estava com um pouco de febre e garganta fechada. Tirei algumas fotos e fui tomar uma água sem gelo (garganta fechada e água gelada não combinam) e procurar as meninas da assessoria de imprensa do Festival.


Voltei a tempo de ver o segundo show da tarde: Trem Fantasma.
Já falei dessa banda. Os moleques fazem um som que eu gosto muito, e fizeram o show conforme eu esperava. Simples, direto. As músicas do EP foram bem tocadas, e agradou a quem assistiu.




Não vi a terceira apresentação do dia: Nego Blue.


Pausa para um lanche, conversas com amigos novos, e pronto para os shows da noite. Estava ansioso para ver a Traditional Jazz Band, mas o cansaço e a garganta estavam me derrubando. Infelizmente, não aguentei e fui dormir antes do show da TJB. Fotos deles somente quando chegaram para passagem de som e coletiva de imprensa. Não participei pois estava fotografando os shows da tarde.

Shows Sábado à noite

A noite começou com o rock com viola do Zé Trindade. Banda mineira com um som bem consistente. Mineirada presente no Psicodália (eram muitos) sempre aos gritos de “ROCK’N ROLLLL ZÉÉÉÉÉÉÉÉ”. Som funciona muito bem ao vivo, com pegada. Pena a viola vez ou outra fazer uma barulheira. Problemas com o cabo. Porém, isso não tirou o brilho da apresentação e da pegada dos mineiros…


Pausa para mais uma garrafa de ága sem gelo, mastigar um salgado qualquer, fazendo o tradicional pedido “Me alimente”. Não perguntei o nome da menina que gentilmente me atendia, mas não precisávamos de nomes. Amizades se fazem fácil neste festival, sem rótulos.

Voltei para frente do palco, pois ia começar o show da Trupe Sonora Casa de Orates. Eu esperava mais uma apresentação foda. Torcia para ouvir as mesmas canções do disco O Artesão dos Sonhos, canções essas que eu canto à exaustão, pois o disco realmente me cativou. Começa a apresentação, e eu que não sabia de nada fiquei olhando. Tinha alguma coisa estranha. Onde estavam as máscaras? A trupe entrou com os rostos pintados, e executando canções do novo disco, que a banda ainda está gravando. Luaria. Mais uma viagem psicodélica/musical/teatral. De queixo aberto, tento prestar atenção ao show e registrar em imagens o visual da trupe. Não tenho dúvidas de que este será mais um disco que vai me agradar em cheio: as viagens sonoras da trupe me levam longe. “Me deem asas mas tirem meus pés”. Eles já fizeram isso.
Muitas fotos depois, vejo a platéia atenta. Pelo visto, muitos outros esperavam também pelo Artesão. A apresentação cênica está mais marcante neste show. Ao final de cada ato, cada música, aplausos e mais aplausos.


Ao final do show, a banda agradece. “Só os loucos criam”…
O bis veio com Colinas, do Artesão dos Sonhos. Um final de show com uma fantástica viagem onírica… “Palavras são palavras, nada mais”. Nada mais apropriado. Sinto por quem perdeu o show…

Pausa para mais uma garrafa de água sem gelo. O cansaço estava ficando insuportável, a chuva irritante, e a garganta fechada.

O terceiro show da noite agrada em cheio ao público do Psicodália: Sopa.
A banda apresenta seu som cheio de cores, bexigas. Com um forte apelo à festa e diversão, a galera agradece e canta/pula.


Aqui minha garganta me irritava tanto, meu cansaço era tão grande, que após algumas músicas e mais algumas fotos, fui para a barraca descansar, pensando em voltar para o Traditional Jazz Band. Triste ilusão… dormi até o amanhecer e perdi o restante da noite…

Continuo numa próxima postagem…

Sites para contatos com as bandas citadas aqui:


Mais fotos do Psicodália na minha página no Flickr.

Posted in Festival Psicodália, Smokers, Sopa, Trem Fantasma, Trupe Sonora Casa de Orates, Zé Trindade | 1 Comment »